31.3.13

Plantas Medicinais: A Equinácea



Equinácea: Antiviral e Fortalecimento do Sistema Imunitário
Prevenção de Gripes e Constipações


A Equinácea, Echinacea Purpurea, é um género botânico pertencente à família Asteraceae, constituído por nove espécies, sendo a echinacea purpurea a mais usada para fins medicinais.
A planta é arbustiva, chegando a atingir cerca de 60 cm de altura. As suas folhas são lanceoladas, grosseiras e opostas. As flores apresentam-se com pétalas brancas ou rosadas e o núcleo amarelo. O termo “equinácea” deriva do grego que significa ouriço-cacheiro, devido ao aspecto do cone central da flor.
Os índios americanos foram, provavelmente, os primeiros a usar a equinácea, uma planta herbácea originária da América do Norte. Usavam-na sobretudo para cicatrizar feridas e para picadas de serpentes. Hoje em dia, embora os seus usos sejam mais comuns sejam outros, a equinácea é cada vez mais usada pelos ocidentais. A raiz da Echinacea purpurea é essencialmente usada em produtos medicinais, sendo conhecida pelas suas propriedades favoráveis ao combate a gripes e constipações.

Os constituintes químicos da equinácea são o ácido caféico, ácido chicórico, polialcanos, polissacarídeos, tusselagina, acetato de bornil, alcamídeos, borneol, cariofileno, cinarina, equinacosídeo, isotussilagina.

Segundo uma pesquisa realizada na Universidade de Connecticut, nos Estados Unidos, publicada na revista científica The Lancet Infectious Diseases, o consumo da equinácea pode reduzir em 58% as hipóteses de desenvolver constipações. O mesmo estudo, dirigido por Craig Coleman, indica ainda que a equinácea reduziria também o tempo de duração das constipações.

A equinácea é, pois, tradicionalmente utilizada em situações de gripes, constipações, rinites e sinusites, uma vez que estimula as defesas naturais do organismo. No entanto, o seu efeito é, sobretudo, preventivo.
Tem ainda propriedades protectoras do aparelho respiratório. É útil em casos de convalescença, sobretudo nos casos de infecções causadas por bactérias e vírus. É também usada em afecções cutâneas e herpes. Como a planta é capaz de aumentar a capacidade de resposta do sistema imunológico, é aconselhada para todos os tipos de infecções virais, bacterianas e por fungos, pois proporciona maior produção de anticorpos e glóbulos brancos.
A equinácea pode ainda favorecer a regeneração do tecido conjuntivo e da cicatrização. Como tal pode ser útil em casos de feridas, queimaduras e acne. É também referida como sendo anti-inflamatória e como tendo propriedades antibióticas.

A Equinácea encontra-se à venda sob a forma de infusão, cápsulas, xarope e tintura, e pode ser encontrada em lojas de produtos naturais e parafarmácias.
A Equinácea é, geralmente, mais eficaz em forma de tintura (tomar 15 a 20 gotas, diluídas em água ou sumo, uma ou duas vezes por dia). As tinturas administradas a crianças têm de ser muito diluídas, e deve usar-se metade da dose recomendada aos adultos. Não é aconselhada a grávidas, pessoas com problemas gástricos ou com doenças auto-imunes.
Por ser uma planta sobre a qual a Fitoterapia ainda não descobriu todas as suas características, por precaução e para um uso eficaz da equinácea, recomenda-se que seja tomada apenas durante dez dias seguidos, podendo repetir-se o tratamento mensalmente, se necessário.

Da minha experiência com a Equinácea, posso testemunhar que ela é um bom anti-inflamatório geral e não só para casos de gripes. Também tem propriedades antivirais e de fortalecimento do sistema imunitário importantes.  
O meu uso da Equinácea foi sobretudo em forma de chá feito a partir da raíz e tintura diluída em água. Também já usei compressas embebidas em chá de equinácea sobre feridas e ela mostrou-se ser um bom calmante da sensação de ardor assim como provou ter poderes desinfectantes. 
O chá tem um sabor algo adocicado e o seu aroma é muito agradável. A par da Lucia Lima, o chá de Equinácea passou a ser um dos meus preferidos.


Referências:

~ Centro Vegetariano

~ Steven D. Ehrlich (2012). University of Maryland Medical Center. Echinacea.


Imagem: Wikipédia

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