27.4.13

Alimentos Saudáveis: As Cebolas



As Cebolas

Cebola é o nome vulgarmente atribuido à planta Allium cepa, uma planta do género Allium e da família Alliaceae. Apesar de diferentes espécies de Cebola serem cultivadas um pouco por todo o mundo, e serem utilizadas na alimentação como vegetal (ex: cebola canadiana, egípcia e japonesa), a sua orígem como planta selvagem não é bem conhecida. Pensa-se que poderá ser proveniente da Ásia Central. 
A primeira descrição oficial da cebola (Allium cepa) foi feita em 1753 por Carolus Linnaeus no seu trabalho "Species Plantarum".
A parte da planta mais usada na culinária é o bolbo que depois de apanhado e seco pode ser armazenado durante vários meses. Certas espécies de cebola, como a chalota, produzem múltiplos bolbos.
A cebola é um alimento conhecido por fazer chorar quando é cortado e isto deve-se a certas substância químicas que contem que irritam os olhos.



 Características Nutricionais da Cebola


Cada 100 gr de cebola (Allium cepa) contém:

Calorias - 33 Kca
Proteínas - 1,5 g
Gorduras - 0,3 g

Vitaminas:
Vitamina A - 125 U.l.
Vitamina B1 (Tiamina) - 60 mcg
Vitamina B2 (Riboflavina) - 45 mcg
Vitamina B3 (Niacina) - 0,15 mg
Vitamina C (Ácido escórbico) - 10 mg

Minerais:
Potássio - 180 mg
Fósforo - 45 mg
Cálcio - 35 mg
Sódio - 16 mg
Silício - 8 mg
Magnésio - 4 mg
Ferro - 0,5 mg








                                                   Propriedades Medicinais das Cebolas




As cebolas contêm Flavonóides que apresentam efeitos potenciais como antioxidante, anti-inflamatório, protector cardíaco, analgésico, antialérgico, anticancerígeno, antidiabético, antiúlcera e anti-colesterol.
Um dos flavonóides importantes com propriedades antioxidantes presentes na cebola é a Quercetina,  um composto presente em outros vegetais, frutas como a maçã e plantas medicinais como o Ginkgo Biloba. 
A Quercetina age na remoção dos radicais livres, e em conjunto com a vitamina C e E desempenha um importante papel antioxidante, ajudando também a proteger as células. A sua actividade antioxidante ajuda a reduzir a incidência de afecções cardiovasculares como o infarto do miocárdio e derrames cerebrais pois age na protecção das artérias coronárias, melhora a circulação, ajuda a baixar a pressão arterial e colabora na prevenção da formação de trombos intravasculares.
A Quercetina também possuí uma acção antiinflamatória, antitumural e ajuda a fortalecer o sistema imunitário - principalmente no tracto gastrointestinal - o cérebro e o sistema nervoso. Na sua actividade antitumural e anticancerígena, as cebolas tem-se mostrado particularmente benéficas para o estômago, cólon, próstata, peito, pulmão, bexiga e ovários.
A Quercetina é uma substância que também tem mostrado um efeito antifúngico (especialmente em cultivos de Candida Albicans), antibacteriano (com especial acção nas bactérias E. Coli e na Salmonela) e um potente agente antiviral. Alguns estudos também mostraram que a Quercetina pode ajudar na prevenção de formação de cataratas pois tem um efeito inibitório da enzima que está na base da formação da catarata. As cebolas também são úteis no tratamento dos Diabetes pois ajudam a nivelar os níveis de açucar no sangue.
Outras características importantes das cebolas são o seu poder desentoxicante, que ajuda a remover metais pesados do organismo, e a sua acção como diurético natural que pode ajudar a reduzir a retenção de líquidos e a formação de edemas. Também parecem ter um efeito benéfico no crescimento de cabelo, no seu volume e brilho.
As cebolas apresentam maiores benefícios nutricionais quando são ingeridas cruas mas também são excelentes quando cozinhadas a vapor, adicionadas a sopas ou guisados.



Referências:


Arochena, L.; Gámez, C.; del Pozo, V.; Fernández-Nieto, M. (2012). "Cutaneous allergy at the supermarket". Journal of Investigational Allergology and Clinical Immunology, 22 (6): 441–442.

~ Block E.(2010) "Garlic and Other Alliums: The Lore and the Science". Cambridge: Royal Society of Chemistry. 

~ Linnaeus, Carolus (1753). Species Plantarum (in Latin) 1. Stockholm: Laurentii Salvii. p. 262.

~ The Plants Database: "Allium Cepa: Garden Onion" USDA: NRCS.

~ Fern, Ken; Fern, Addy. "Allium cepa - L.". Plants For A Future.

 ~ Slimestad, R.; Fossen, T.; Vågen, I. M. (2007). "Onions: a source of unique dietary flavonoids". Journal of Agriculture and Food Chemistry 55 (25): 10067–80.

~ Williamson, Gary; Plumb, Geoff W.; Uda, Yasushi; Price, Keith R.; Rhodes, Michael J.C. (1997). "Dietary quercetin glycosides: antioxidant activity and induction of the anticarcinogenic phase II marker enzyme quinone reductase in Hepalclc7 cells". Carcinogenesis 17 (11): 2385–2387. 

~ Olsson, M.E.; Gustavsson, K.E.; and Vågen, I.M. (2010). "Quercetin and isorhamnetin in sweet and red cultivars of onion (Allium cepa L.) at harvest, after field curing, heat treatment, and storage". Journal of Agricultural Food Chemistry 58 (4): 2323–2330.


~ Simoons, Frederick (1998). Plants of life, plants of death. University of Wisconsin Press. p. 568.

~ Yang, J.; Meyers, K. J.; Van Der Heide, J.; Liu, R. H. (2004). "Varietal Differences in Phenolic Content and Antioxidant and Antiproliferative Activities of Onions". Journal of Agricultural and Food Chemistry, 52 (22): 6787–6793.

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