7.8.11

Alimentos Saudáveis: O Aipo



Aipo: Anti-Reumático, Carminativo, Antiespasmódico, Diurético, Anti-Séptico Urinários e Faz baixar a Tensão Arterial


O Aipo, Apium graveolens, Aipo-de-Talos ou Aipo-Silvestre é uma planta bienal, de caule sulcado e brilhante, folhas dentadas lustrosas e aromáticas, que produz flores pequenas e pode atingir 1 metro de altura.
O Aipo é uma planta antiga. Sabe-se que é cultivado há pelos menos 3000 anos, nomeadamente no Egipto, e já era conhecido na China no século V a.C. 
No seu habitat natural, é nativo da Grã-Bretanha e de outros países europeus. Em estado selvagem, o Aipo cresce ao longo das costas de Inglaterra e País de Gales e em terras pantanosas. O Aipo cultivado é menos aromático que a variedade selvagem. Propagado a partir das sementes na Primavera, é colhido entre os meados do verão e do Outono. 

Apesar do Aipo ser mais conhecido como legume, é uma importante planta medicinal. Ao longo da História, tem sido usado como alimento e, em várias épocas, tanto a planta inteira como as sementes eram tomadas com fins medicinais.
Os caules e as sementes são usados há muito para tratar problemas urinários, reumáticos e artríticos. É um bom agente de limpeza e diurético e as sementes, que contém óleo volátil e são a parte da planta mais usada com fins medicinais e quando há a acumulação de substâncias tóxicas no organismo.
As sementes do Aipo também são usadas para tratar problemas de reumatismo e gota. Ajudam os rins a eliminar os uratos e outras substâncias indesejáveis e contribuem para reduzir a acidez no organismo. São também úteis em casos de artrite, ajudando a desentoxicar o organismo e a melhorar a circulação sanguínea para músculos e articulações. Como as sementes do Aipo têm uma acção levemente diurética e significativamente anti-séptica, são eficazes no auxílio ao tratamento da cistite, ajudando a desinfectar a bexiga e vias urinárias.
As sementes de Aipo também podem ser benéficas para problemas do foro respiratório, como asma e bronquite, e, combinadas com outras plantas podem ajudar a reduzir a tensão arterial.

Os componentes principais do Aipo são o óleo volátil (1,5 - 3%), que contém limoneno (60-70%), ftálidos e beta-selineno. Contém também Cumarinas, Furanocumaninas (bergapteno) e Flavonóides (apiina). 

Investigações efectuadas na Alemanha e na China nos anos 70 e 80 revelaram que o óleo essêncial exerce um efeito calmante sobre o sistema nervoso central. Alguns dos seus constituintes têm acções antiespasmódicas, sedativas e anticonvulsivas. Estudos efectuados na China confirmaram a utilidade do óleo no tratamento da hipertensão arterial.

O Aipo-Rábano (A. graveolens, var. rapaceum) é uma variedade de Aipo com raízes semelhantes à do rábano e nabo. Esta variedade também é um alimento medicinal e possui algumas das qualidades do Aipo. 

O sumo de Aipo e Cenoura biológica é uma bebida nutritiva que pode ser boa no caso de muitas doenças crónicas. 
Como bebida de "limpeza" tome 1 chávena de sumo de cenoura biológica e aipo por dia. Para gota e artrite faça uma infusão das sementes  e tome uma chávena por dia. Para reumatismo use a tintura das sementes e tome 30 gotas 3 vezes por dia.
Não tome aipo com fins medicinais durante a gravidez ou se sofre de problemas renais. Não use em preparações medicinais sementes vendidas para cultivo. Não ingira o óleo essencial, excepto sob vigilância profissional.

Pessoalmente, gosto bastante do aroma e do sabor do Aipo. Utilizo-o com alguma frequência como alimento: em cru nas saladas e cozinhado junto-o aos pratos vegetarianos, em Pizzas e em Sopas. 



Valor Nutricional do Aipo 


Por 100 g de Aipo cru:

Energia - 16 kcal (67 kJ)
Carbohidratos - 3 g
Açúcares - 1.4 g
Fibra - 1.6 g
Gordura - 0.2 g
Proteínas - 0.7 g
Água - 95 g

Vitaminas:

Vitamina A -  22 μg
Vitamina B1 - 0.021 mg
Vitamina B2 - 0.057 mg
Vitamina B3 - 0.323 mg
Vitamina B6 - 0.076 mg
Vitamina B9 - 36 μg
Vitamina C - 3 mg
Vitamina E - 0.27 mg
Vitamina K - 29.3 μg

Minerais:

Cálcio - 40 mg
Ferro - 0.2 mg
Magnésio - 11 mg
Fósforo - 24 mg
Potássio - 260 mg
Sódio - 80 mg
Zinco - 0.13 mg



Referências:

~ Andrew Chevallier (1996). "Enciclopédia de Plantas Medicinais". Livro Original de Dorling Kindersley, publicado em Português por Seleccões do Reader´s Digest. Lisboa. 



~ Journal of Agricultural and Food Chemistry 2005, 53 (7), pp 2518–2523. Doi: 10.1021/jf048041s
Publication Date (Web): March 8, 2005.

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